sábado, 22 de maio de 2010

22/05 o que tem demais?

Pois é. Também pensei isso hoje. Um dia como outro qualquer. Mais um sábado tedioso de minha vida na frente de um computador, procurando algo para animar um pouco. Eis que, navegando no "inútil" do Twitter, resolvo olhar os "TT's" , ou seja, o que mais andam comentando. A configuração estava restrita apenas ao Brasil, e um dos assuntos em destaque era a palavra Biodiversidade. Fiquei curiosa, afinal, desde que eu criei um twitter que eu nunca vi comentar nada a respeito da natureza. Pois bem, cliquei lá para ver que tanto falavam da biodiversidade. E me deparo com uma notícia realmente inovadora: hoje é dia internacional da biodiversidade. Não, eu que sou "ativista" em defesa da natureza, não sabia disto.  Pelo simples fato que ninguém divulga.
Confesso que fiquei feliz que o Twitter sirva para algo mais que diversão. Mas um tweet em especial me chamou a atenção. Não lembro quem postou, mas créditos à pessoa. Algo como "aproveitem o dia da biodiversidade, pois daqui a dois anos ela não mais existirá". E esta pessoa está certa. Para quê essa palhaçada de dia da biodiversidade, onde ninguém nem comenta, não sai nada a respeito nas mídias? Para depois, talvez no mesmo dia, assassinar a natureza? Quão hipócritas nós somos?
Fica a pergunta. Por mais que você saiba que existem dias da natureza, você faz algo por ela? E o mais importante, durante o ano inteiro?
Um dia, estava com minha sobrinha no parque 13 de maio, centro do Recife. Estávamos perto de uma fonte d'água. Ela via as pessoas jogando lixo no chão, mas ensinei-a a jogar na lixeira, mesmo que seja longe. Também falei que não devemos dar comida humana para os animais. Haviam duas tartaruguinhas nesse dia, que estavam comendo pipocas que um homem bem ao nosso lado jogava. O homem ouviu-me explicar todos os motivos do mundo, mas continuava a jogar, e pior, ensinando crianças o péssimo hábito. Minha sobrinha fez um escândalo enorme depois que eu terminei de falar e o homem ainda jogava pipocas. E outra coisa: tempos depois desse episódio, joguei um lixo na rua, papel de bala, e ela me deu o maior sermão. Ou seja, se a gente educar o mínimo, também seremos educados. E somos hipócritas sem perceber. Até os mais santinhos erram, mas todos têm chance de se redimir; até o dia em que o último Sapiens sapiens parar de viver.