domingo, 8 de janeiro de 2012

E o fim veio. Não o fim de tudo, mas um novo começar. Um novo amadurecer. Novamente estou indo para um lugar estranho, onde não tenho ideia do que me espera. De novo conhecerei outras pessoas com alguns interesses em comum, e que se separarão de mim em alguns anos. Anos que penso serem longos, mas que passam velozes como o Papa-léguas.
Estou a cada dia mais e mais perto da maturidade, da liberdade que tanto almejei. Consegui passar no vestibular para o curso de Ciências Biológicas, então vou continuar trilhando meu sonho de infância. Pelos meus cálculos, em uns dez anos terei concluído toda a minha fase acadêmica, e finalmente poderei pôr meus sonhos em prática.
Claro, dá um friozinho. Passei oito anos, que voaram por sinal, no Colégio de Aplicação. Como que dez, em lugares diferentes passarão tão devagar? Do futuro, só Ele que sabe, então vamos vivendo. Tenho plena consciência dos riscos que correrei, que talvez venha mesmo a abrir mão de formar uma família sólida e feliz como a minha. Porém é o caminho que quero seguir, e se não puder trilhá-lo, provavelmente morrerei no caminho tentando alcançá-lo.
Dramático? Talvez. Mas quando se tem um sonho, pode ser infantil ou louco como for, mas não se desiste. Principalmente quando se tem sangue revolucionário correndo em suas veias. Demorei, mas percebi o que quero, e vou bater a cabeça o quanto for, ainda que tenha que aprender a atirar e ter de andar armada para continuar a caminhada. Então, vamos pessoal, corra atrás dos seus sonhos. Lembrem-se, se tirarem teus sonhos, o que sobrará de ti?
Respondo por mim: Se me tirarem o sonho de poder fazer justiça nas terras sem lei aqui no Brasil, ou suprimir os maus-tratos aos animais, o que sobra de mim é uma garota que não será feliz em outro ramo, uma garota amarga por saber que não pode frear os abusos de quem ataca quem não pode se defender, uma garota sem sonhos e vivendo como uma máquina para seu marido e filhos.