Que sou facilmente esquecível
Que sou apenas um estepe velho
Que as pessoas só compartilham tristezas, pois eu consolo
Das alegrias, sou sempre a última a saber
Mas tudo bem
Finjo não me importar, mas lá no fundo, bate uma revolta por não ser correspondida. Nem na amizade.
Eu sei de tudo isso, e fico extremamente triste. Mas meu pior defeito é - não deixo transparecer.
Há muito fui considerada um ponto forte, que é abrigo e não precisa de ajuda. Não sei portar-me diferente. E a timidez ajuda este comportamento. Posso mudar? Sim. Quero? Sim. Consigo? Não sei.
Bem, fortalezas não dão sinais quando estão rachando. Quando se nota, talvez seja tarde demais. E parece ser assim comigo. Luto para não entrar no mundo de reflexões, pois ali eu me deparo com verdades que eu não quero lidar. Mas volta e meia, sem querer, acabo indo para lá.
Sinto vontade de jogar tudo ao alto. Tudo mesmo. Colocar minha vida numa roleta-russa e que deixasse o acaso me proteger - ou não.
Mas aqui vou eu, vegetando. Talvez seja hora de me distanciar de tudo e todos. Talvez quando derem por minha falta, nos momentos tristes, saberão dar-me valor. Ou procurarão outros trouxas.
Mas me pergunto: ainda existem gente tão trouxa quanto eu?
terça-feira, 29 de março de 2011
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